A inversão de fluxo é um assunto importante quando falamos sobre sistemas de energia solar. 

Esse fenômeno ocorre quando a geração de eletricidade é maior do que o consumo, resultando na devolução do excedente à rede elétrica. 

Diante dessa situação, pode haver problemas como sobrecargas e desequilíbrios.

Neste artigo, você vai entender tudo sobre o assunto. Continue lendo para saber mais!

O que é inversão de fluxo de potência na energia solar?

A inversão de fluxo de potência ocorre quando o sistema de energia solar gera mais eletricidade do que a unidade consumidora precisa. Como consequência, o excedente é devolvido à rede elétrica. 

Para regulamentar esse processo, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) criou normas específicas, como a REN 1000/2021. 

O que é microgeração e minigeração distribuída?

A microgeração e a minigeração distribuída são formas de geração de energia próximas ao local de consumo, com impactos diretos na eficiência do sistema. 

Na microgeração, a potência máxima instalada pode chegar a 75 kW, enquanto na minigeração, essa faixa varia de 75 kW a 5 MW.

Essas soluções descentralizadas permitem que a energia gerada seja consumida quase no mesmo ponto, reduzindo perdas na transmissão. 

Qual a causa da inversão de fluxo de potência?

A inversão de fluxo de potência acontece quando a energia gerada em um sistema fotovoltaico ultrapassa o consumo do local. Nesse cenário, o excedente é enviado para a rede elétrica. 

Esse retorno de energia para a concessionária pode causar sobrecargas, desequilíbrios de tensão e até interrupções no fornecimento.

Quando isso acontece, as distribuidoras avaliam a ocorrência no posto de transformação ou no disjuntor alimentador, conforme previsto no ART. 73 da REN 1000. Caso identifiquem a inversão, estudos devem ser realizados para encontrar soluções como:

• Reconfigurar circuitos e remanejar cargas.
• Definir outro circuito elétrico para conexão.
• Elevar o nível de tensão da conexão.
• Reduzir a potência injetada de forma permanente.
• Limitar a potência injetada em horários específicos.

Se a distribuidora alegar a inversão de fluxo, ela deve apresentar estudos e orçamentos que considerem essas opções, detalhando as responsabilidades envolvidas.

O que fazer no caso de inversão de fluxo de potência?

Quando ocorre a inversão de fluxo de potência, o integrador precisa agir com cautela. É comum que as concessionárias aleguem o problema sem fornecer a devida comprovação. 

Antes de aceitar qualquer alegação, é fundamental exigir que a distribuidora apresente os estudos conclusivos, como previsto no art. 78 da REN 1.000/2021. Esses estudos devem ser entregues em até 10 dias.

Após receber os documentos, o integrador deve verificar se todas as hipóteses do art. 73 foram analisadas, como restrições de injeção em horários específicos ou a possibilidade de usar outro circuito elétrico. 

Muitas vezes, as distribuidoras falham em demonstrar a necessidade da restrição e em apresentar opções alternativas, o que viola a resolução.

Se houver dúvidas ou irregularidades, o integrador tem o direito de recorrer à ouvidoria da concessionária, à ANEEL e, se necessário, à Justiça. Isso garante que o processo seja feito de forma justa e que todas as soluções viáveis tenham sido devidamente consideradas.

Quais as alternativas para prevenir a inversão de fluxo em projetos de sistemas fotovoltaicos?

Manter o funcionamento perfeito dos sistemas fotovoltaicos é essencial, e entender como evitar a inversão de fluxo pode fazer toda a diferença. Neste contexto, existem algumas soluções bem interessantes que podem ajudar a otimizar a energia gerada. Confira!

Reconfigurar circuitos

Uma forma de prevenir a inversão de fluxo em sistemas fotovoltaicos é reconfigurar os circuitos elétricos da residência. Essa estratégia envolve redistribuir a energia gerada para otimizar seu uso. 

Sub-circuitos podem ser criados para alimentar diretamente equipamentos de alta demanda, como aquecedores e sistemas de climatização. Isso melhora a distribuição da eletricidade e reduz picos de geração. 

No entanto, pode exigir ajustes técnicos mais complexos e resultar em custos extras.

Reduzir potência dos sistemas fotovoltaicos

Outra alternativa é ajustar a potência do sistema. Isso pode ser feito ao reduzir o número de painéis ou utilizar inversores com menor capacidade. 

Essa abordagem diminui o risco de mudança de direção da corrente energética e reduz o investimento inicial. Porém, ao limitar a geração de energia, o sistema pode não atender plenamente à demanda da residência.

Utilizar inversores híbridos

Os inversores híbridos permitem combinar a energia solar com outras fontes, como eólica ou geradores a diesel, além de armazenar eletricidade em baterias. 

Eles evitam a inversão de fluxo ao acumular o excesso de energia gerada durante o dia, liberando-a à noite, quando a demanda é maior. Isso reduz a dependência da rede elétrica e maximiza o uso da energia solar. 

Essa solução tem apenas dois malefícios: o custo alto e a necessidade de fazer manutenções nas baterias.

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Conclusão

Neste texto, falamos sobre o que é a inversão de fluxo e suas causas. Também discutimos algumas maneiras de evitar problemas, como mudar a configuração do circuito ou usar inversores híbridos.

Além disso, abordamos as regulamentações, como a REN 1000/2021. Elas certificam que haja um controle adequado do que acontece na rede.

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